“A COP 16 foca no Marco Global de Biodiversidade e em direitos sobre recursos genéticos, questões cruciais para assegurar a nossa soberania na Amazônia brasileira”, alerta Marcelo Thomé.
A Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), que acontece de 21 de outubro a 1 de novembro, em Cali, na Colômbia, busca o avanço de planos de ação e estratégias nacionais para conservação da biodiversidade global, com destaque para a implementação do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal e o desenvolvimento de mecanismos para repartir os benefícios derivados de recursos genéticos. “É um evento global com pauta crucial para a bioeconomia e para a nossa soberania na Amazônia brasileira, por isso trabalhamos tanto pela participação da indústria nacional e, felizmente, estamos em Cali com a maior delegação do setor produtivo brasileiro em uma COP da biodiversidade”, declara Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21 e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Dois temas devem ganhar atenção especial do setor privado brasileiro no evento: ferramentas para mensurar, avaliar e relatar impactos, riscos, dependências e oportunidades relacionadas à biodiversidade e ao setor empresarial, e mecanismos inovadores para financiar e incentivar a conservação e o uso sustentável da biodiversidade. O Instituto Amazônia+21 está orientando a participação em painéis e conversações de interesse institucional, econômico e socioambiental, como descarbonização ambiental, financiamento da biodiversidade, negócios e bioeconomia.
O Instituto Amazônia+21 garantiu espaço nos debates sobre economia regenerativa e cadeias de valor, e desafios e oportunidades do Marco Global da Biodiversidade para a América Latina e o Caribe. O presidente Marcelo Thomé foi um dos palestrantes no painel “Invest: Uma iniciativa para mobilizar inversões comunitárias em economias regenerativas e cadeias de valor inclusivas com potencial na região”, realizado no dia 28 de outubro. Ainda no mesmo dia, o Instituto Amazônia +21 foi coorganizador de outro painel sobre financiamento de empreendimentos em bioeconomia e proteção da biodiversidade na Amazônia, onde Fernando Penedo, líder de Operações e Projetos do Instituto, apresentou a ferramenta Facility de Investimentos Sustentáveis. Trata-se de uma plataforma para atrair investimentos que financiarão negócios sustentáveis na Amazônia, com meta de mobilizar R$ 4 bilhões ao longo de 10 anos.
A participação do setor industrial brasileiro em Cali é a maior em uma COP da Biodiversidade. A delegação da CNI tem cerca de 80 integrantes, entre técnicos e dirigentes da CNI, de federações das indústrias e de associações setoriais e empresários do setor. Isso garante a presença da iniciativa privada brasileira em negociações oficiais, eventos paralelos nos estandes e espaços de interação, fórum de negócios e em discussões específicas voltadas para o segmento empresarial. “É uma atitude proativa que mostra o crescente interesse do empresariado brasileiro nas questões da sustentabilidade, da bioeconomia, da responsabilidade socioambiental e do clima, lembrando que as decisões da COP 16 vão repercutir na COP 30, em Kabu, sobre redução de emissões de carbono e o financiamento climático” finaliza Thomé.