julho 27, 2023

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CBCA terá vitrines ecológicas, viveiro, biofábrica e cursos de formação

ESCrito POR: Assessoria de Imprensa

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Centro quer se tornar vitrine das melhores práticas de recuperação de áreas degradadas em sistemas agroflorestais e tem manutenção garantida ate 2047

O objetivo principal do Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA), criado em agosto de 2022 numa parceria entre o INSTITUTO AMAZÔNIA +21, o Centro de Estudos Rioterra e a Santo Antônio Energia, é promover o desenvolvimento tecnológico e produtivo nas cadeias de bioeconomia regionais. O empreendimento quer ser uma vitrine das melhores práticas voltadas à recuperação de áreas em sistemas agroflorestais, pesquisas relacionadas à fixação de carbono e práticas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Para isso, o CBCA busca desenvolver e demonstrar novas formas de fazer negócios na Amazônia – porém, sempre com o foco na transição para modelos em que a sustentabilidade econômica esteja associada à manutenção dos serviços ambientais como forma de reduzir vulnerabilidades sociais. Além de, ao mesmo tempo, conservar a biodiversidade e combater as mudanças do clima.

De acordo com o Coordenador Geral de Projetos do Rioterra, Alexis De Sousa Bastos, responsável pela execução das atividades do Centro, na área de 938 hectares localizada na BR 364, às margens do Rio Madeira, serão desenvolvidas atividades de pesquisa científica, pesquisa aplicada e extensão. A ideia é firmar o CBCA como um espaço para integração dos diferentes participantes envolvidos nesse processo de geração e disseminação de conhecimento das novas tecnologias produtivas – o qual integre também as comunidades locais nas práticas realizadas.


Alexis De Sousa Bastos, Coordenador Geral de Projetos do Rioterra


“A meta final é tornar o Centro uma unidade modelo na promoção do desenvolvimento da Amazônia por meio da bioeconomia, a partir de ações que possam ser replicáveis e escaláveis para toda a região, inclusive para os países vizinhos”, resume Bastos.

O cronograma para a instalação de todas as atividades planejadas para o Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia já foi iniciado em 2022 e vai até 2025. Contudo, os três parceiros fizeram questão de também incluir no acordo de cooperação atividades de manutenção e acompanhamento do projeto que devem se estender por 25 anos, até 2047.

O Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia tem seis linhas de atuação:

1 – Áreas de regeneração natural assistida (RNA): acompanhamento de áreas com restauração espontânea em ambientes alterados e/ou degradados de floresta, a fim de que se tornem vitrines Ecológicas de recuperação da cobertura vegetal local. O modelo pode vir a ser um importante aliado na promoção de ações de adequação e regularização ambiental de propriedades rurais ao atual Código Florestal.

2 – Vitrines Tecnológicas: unidades produtivas modelo para fins de pesquisa e transferência de tecnologias, voltadas à recuperação da vegetação nativa a partir de métodos de regeneração natural assistida, plantio total e semeadura direta. São inovadoras –  não há na Amazônia um centro de referência em bioeconomia e serviços ambientais que congregue em um mesmo espaço vitrines Tecnológicas para transferência tecnológica, estudos e pesquisas.

3 – Marcação de matrizes e coleta de sementes: ambiente para marcação de matrizes porta sementes e obtenção de materiais genéticos florestais para coleta e produção de mudas. Trabalho em parceria com a Universidade Federal de Rondônia (UNIR) a ser realizado nas áreas de florestas secundária e primária que sobreviveram no terreno e são de extrema importância para a coleta de sementes, por possuírem espécies adaptadas à região.

4 – Viveiro: área para produção de espécies vegetais utilizadas em ações de recuperação de áreas. As mudas produzidas no viveiro poderão dar apoio a programas de recuperação de áreas em todo o estado de Rondônia, ajudando o setor privado e governamental na consecução de política públicas. Ação com potencial para geração de renda, a ser utilizada para a manutenção do Centro de Bioeconomia.

5 – Biofábrica: unidade de difusão tecnológica de genética vegetal, para produção de materiais (mudas) de elevada produtividade e resistência a patógenos, a fim de ampliar a geração de renda e empregos no meio rural. Também em parceria com a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), é uma atividade de inserção tecnológica na produção, que pode transformar determinadas cadeias produtivas e a bioeconomia no estado de Rondônia por propiciar a ampliação de produtividade por unidade de área. Essa relação tem potencial para reduzir os desmatamentos e dar grande contribuição para a mitigação de impactos climáticos na Amazônia. A Biofábrica pode ser autossustentável, vendendo as mudas produzidas para apoiar a manutenção do Centro.

6 – Administração e centro de formação: ambiente para gestão, reuniões, troca e transmissão de conhecimento, espaços de aprendizagem, laboratórios para pesquisas.

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