A série de audiências do presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, em Brasília também já rendeu desdobramentos com a Caixa Econômica Federal (CEF). Após a reunião com o Superintendente Nacional de Soluções Ambientais da Caixa, Jean Rodrigues Benevides, e uma equipe técnica multidisciplinar relacionada à área, as duas entidades deram largada à elaboração de um Memorando de Entendimento para início de parceria na região.
Marcelo Thomé apresentou a Facility de Investimentos do Instituto, que é a estratégia de Blended Finance* da entidade para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e une assistência técnica e engajamento multistakeholder (lideranças das diversas partes envolvidas) para viabilizar
os projetos. Para isso, a Facility busca gerar um ambiente que adequa e organiza oferta e demanda por investimentos, proporcionando escala, assertividade, estabilidade institucional e segurança jurídica.
(*) Blended Finance é um conceito que determina o uso estratégico de recursos, sejam eles públicos ou advindos da filantropia, para mobilizar mais capital destinado ao desenvolvimento sustentável ou a causas prioritárias de países em desenvolvimento.
“Propusemos à Caixa, que é o principal financiador da área pública no país, uma parceria institucional para elaborar projetos sustentáveis maduros, prontos para serem apresentados nos moldes exigidos para os financiamentos, inclusive os que envolvem recursos não reembolsáveis, a fundo perdido. Com isso, ajudamos a CEF a resolver o principal gargalo nessa área, que é a falta de projetos viáveis”, explica Marcelo Thomé. “Há muito dinheiro disponível para obras públicas no Brasil, porém, as prefeituras não têm capacidade técnica para elaborar esses projetos na forma legal e a Caixa sofre com essa baixa viabilidade”.
Mas, para além da boa aplicação dos recursos públicos, o grande apoio do Instituto à CEF na estruturação desses projetos é a geração de negócios, destaca ele. “À medida que as cidades recebam recursos da Caixa para aplicação em obras de infraestrutura, habitação e mobilidade urbana, cada uma dessas contratações gera negócios para a iniciativa privada. Por isso a participação do Instituto, ainda com a missão de introduzir projetos sustentáveis”, destaca.
A proposta é viabilizar esses projetos para empreendedores privados da região, abrangendo cidades de todos os portes e utilizando a Facility do Instituto Amazônia +21, que deve estar estruturada até o final do ano e já somará a expertise da CEF. A estimativa é estar operando em dois anos. “É uma agenda potente de negócios, com a Caixa Econômica entrando com seu conhecimento da área pública e fundos de investimento específicos e o Instituto ajudando a tirar os projetos do papel e gerando negócios na região”, destaca Marcelo Thomé.