Instituto Amazônia+21 na COP29: Articulações estratégicas pela sustentabilidade da Amazônia

O Instituto Amazônia+21 participou ativamente da 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas

O Instituto Amazônia+21 participou ativamente da 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada de 28 de outubro a 12 de novembro de 2024, em Baku, Azerbaijão.

Durante o evento, a organização promoveu discussões, firmou parcerias estratégicas e apresentou iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, consolidando sua presença em um dos maiores fóruns globais sobre clima e meio ambiente.

Parcerias estratégicas para mobilizar recursos para a Amazônia

A COP29 foi palco de encontros estratégicos entre o presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, e líderes de instituições financeiras e industriais. Em um dos momentos mais relevantes, Thomé e Maria Netto, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS), discutiram o fortalecimento da Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS), ferramenta de financiamento que visa destravar recursos para projetos de impacto socioambiental na região amazônica.

Além disso, reuniões com representantes do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia (BASA) evidenciaram a relevância do setor financeiro no fomento de uma bioeconomia responsável. Henrique Vasconcellos, do Banco do Brasil, e Luiz Cláudio Moreira Lessa, do BASA, destacaram a necessidade de unir forças para impulsionar projetos que integrem preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

Um marco importante foi o anúncio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) de um aporte de R$ 2 milhões à FAIS, com a meta de mobilizar R$ 4 bilhões em 10 anos para iniciativas ligadas à bioeconomia, turismo sustentável e energia renovável.

Debates sobre sustentabilidade e o papel da indústria na Amazônia

A participação do Instituto Amazônia+21 em debates estratégicos também foi um ponto alto do evento. Marcelo Thomé moderou o painel “Legado Sustentável: O Papel da Indústria da Amazônia na COP30”, realizado no espaço da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A discussão reuniu representantes de empresas como Vale e Natura, além de autoridades governamentais, para explorar como práticas industriais responsáveis podem alavancar o desenvolvimento da região sem comprometer sua biodiversidade.

No painel promovido pela ABDI, “Bioeconomia e Desenvolvimento na Amazônia”, especialistas como Vanessa Grazziotin (OTCA) e Tanara Lauschner (MCTI) debateram caminhos para integrar a preservação ambiental ao crescimento econômico, reforçando o potencial da bioeconomia como motor de transformação.

Compromissos climáticos e colaborações inovadoras

Durante a COP29, o governo brasileiro anunciou metas climáticas ambiciosas, como a redução de emissões de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035. O Instituto Amazônia+21 participou de reuniões ampliadas que discutiram essas metas, demonstrando alinhamento com as políticas nacionais e internacionais de mitigação climática.

Outro destaque foi o Memorando de Entendimento (MoU) firmado entre o Instituto e a ANFAVEA, representada por Igor Calvet. O acordo visa apoiar negócios inovadores e sustentáveis na Amazônia, fortalecendo a governança socioambiental e promovendo uma economia de baixo carbono no setor automotivo.

Impacto e visão de futuro

A presença do Instituto Amazônia+21 na COP29 reforça seu papel no enfrentamento dos desafios globais relacionados à sustentabilidade e mudanças climáticas. As parcerias firmadas e as discussões promovidas não apenas destacam a Amazônia como um elemento crucial na agenda ambiental global, mas também colocam o Instituto como um catalisador de ações concretas para o desenvolvimento sustentável da região.

Com iniciativas como a FAIS, que combina preservação ambiental e inclusão produtiva, o Instituto mostra que é possível conciliar crescimento econômico com conservação ambiental, criando oportunidades para comunidades locais e promovendo uma economia de impacto positivo.

Os desdobramentos das ações articuladas durante a COP29 vão além do evento: representam o compromisso de longo prazo do Instituto Amazônia+21 em engajar governos, instituições financeiras, empresas e sociedade civil na construção de um modelo econômico inclusivo, inovador e sustentável para a Amazônia.

Essa missão não apenas contribui para a conservação do maior bioma tropical do planeta, mas também serve de exemplo global sobre como o desenvolvimento responsável pode ser uma força transformadora no combate às crises climáticas e socioeconômicas.

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