A Santo Antônio Energia foi a primeira empresa a se associar ao INSTITUTO AMAZÔNIA+21. A companhia é responsável pela operação da hidrelétrica de Santo Antônio, que fica no rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia, e é um exemplo de negócio sustentável, que segue os princípios ESG, em plena Amazônia.
“A Santo Antônio efetivamente adota as práticas ESG desde a construção, antes mesmo de se falar tanto a respeito disso e de ser usado de forma bastante visceral como é hoje. O respeito ao meio ambiente sempre foi parte da Santo Antônio. Foram investidos mais de R$ 2 bilhões em 28 projetos de sustentabilidade só durante a fase de construção”, conta o presidente da empresa, Daniel Faria Costa.
E as práticas ESG não só seguem até hoje como são cada vez mais fortalecidas. Além do cuidado com o meio ambiente, a companhia tem forte atuação com a comunidade local. O distrito de Jaci-Paraná, que fica há 80 quilômetros da capital, recebeu nos últimos três anos investimentos em reformas da Unidade Básica de Saúde e da Unidade de Pronto atendimento, além de ônibus para transporte escolar, retroescavadeira, caminhão basculante e um caminhão bitrem para distribuição do calcário usado pelos agricultores da região. Também foi construída uma área de lazer na entrada da cidade, o Parque do Comércio.
Durante a pandemia, também ajudou a prefeitura de Porto Velho e o governo de Rondônia na prevenção e combate à covid-19, investindo mais de R$ 700 mil em equipamentos que foram doados (para quem?).
Outro foco da empresa é a preservação do patrimônio histórico e cultural de Porto Velho. A praça da estrada de ferro Madeira-Mamoré foi revitalizada e, neste ano, serão iniciadas a reforma do deck com vista para o rio e a transformação de dois galpões em museus, que vão contar a história da ferrovia.
A governança é levada a sério. “A Santo Antônio tem uma governança bastante adequada, rigorosa, desde o aspecto de política de compliance, passando por código de ética, canal de denúncias. Tudo isso foi implantado e é efetivamente usado dentro da empresa. Aderimos ao Pacto Global da ONU, o que representa um compromisso com as práticas adequadas”, ressalta o presidente.
Em 2014, ainda durante a construção da hidrelétrica, a companhia recebeu o Selo Sustentabilidade e, em 2020, ganhou o prêmio Empresa Pró-Ética, instituído pelo Instituto Ethos em parceria com a Controladoria-Geral da União. Essa premiação avalia as empresas que implementam relações comerciais adequadas e que envolvem o setor público.
“Nós não seremos efetivamente uma empresa de longo prazo se não efetivamente cuidarmos desses aspectos. Não basta ter a concessão até 2047 se a gente não puder fazer isso de forma adequada, honesta, bem governada, bem reconhecida sobre os diversos aspectos”, afirma.
A hidrelétrica de Santo Antônio é a quarta maior geradora de energia hídrica do Brasil, produzindo para mais de 45 milhões de pessoas em todo país, incluindo os estados de Rondônia e Acre (essas duas informações juntas ficaram confusas). No ano passado, bateu recorde de geração de energia com mais de 18 milhões de MWh, o suficiente para abastecer o Brasil todo por mais de 10 dias, os estados do Sudeste por um mês ou somente o estado de Rondônia por quatro anos.
A empresa tem grande importância na economia do estado. Durante a construção chegou a ter 22 mil pessoas trabalhando. Hoje, gera 300 empregos diretos, com picos de 600 a 700 durante os períodos de manutenção da hidrelétrica. Além disso, a maioria de seus fornecedores é formada por empresas locais. “A companhia dá total prioridade para a contratação e aos empregos locais e ao fomento da atividade empresarial local”, explica o executivo.
Mensalmente, a Santo Antônio Energia paga royalties para a prefeitura de Porto Velho (65%), governo do estado de Rondônia (25%) e a União (10%). De 2012 até agora, já foram pagos mais de R$ 658 milhões.
O presidente Daniel Faria Costa acredita que o Instituto Amazônia+21 vai dar mais visibilidade aos negócios sustentáveis da região. “As condições de mercado são muito favoráveis do ponto de vista financeiro e de gestão quando você adota os princípios ESG”, diz. “Acho que o grande desafio é dar mais visibilidade, para mostrar que se faz efetivamente ESG e se faz ESG na Amazônia”, conclui.