Convênio celebrado entre as instituições, cuja implementação se inicia em junho, pretende fomentar negócios sustentáveis e inovadores na Amazônia Legal brasileira com apoio estratégico, técnico e operacional
O INSTITUTO AMAZÔNIA +21 e o Sebrae Nacional deram largada a uma parceria para fomentar e fortalecer negócios sustentáveis na Amazônia Legal – mais especificamente, bionegócios que carreguem em seu DNA também o gene da inovação.
É o projeto FOMENTO DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E INOVADORES NA AMAZÔNIA LEGAL BRASILEIRA, com o qual as duas entidades buscam constituir um arcabouço estratégico, técnico e operacional que favoreça a atração de várias partes interessadas, como empreendedores, mercado, financiadores, empresas e ecossistemas, bem como investimentos públicos e privados, viabilizando a essas empresas continuarem sua trajetória de crescimento.
Na prática, o projeto promoverá a integração do programa INOVA AMAZÔNIA, que o Sebrae iniciou em 2021, com a Facility de Investimentos do INSTITUTO AMAZÔNIA+21.
Com um convênio já celebrado entre as instituições, o projeto se encontra em fase de pré-implementação e a primeira atividade deve acontecer em 1º de junho na cidade de São Luiz – MA: a reunião de kick-off, marcando o início da implementação, com todos os gestores do Programa Inova Amazônia, durante o evento NEON – NordesteON.
A informação é do analista Philippe Fauguet Figueiredo, da Unidade de Inovação do Sebrae e que atua na coordenação desse projeto. “O INSTITUTO AMAZÔNIA+21 é um parceiro estratégico que dá continuidade a esse esforço do Sebrae em gerar uma base sólida de empresas inovadoras focadas na Amazônia. Visamos, com isso, a aproximação de atores com expertises complementares, para ampliar a rede de investidores nacionais e internacionais”, destaca ele.
Também em junho, confirma o diretor do INSTITUTO AMAZÔNIA+21, Guilherme Gonzales, serão iniciadas outras atividades do projeto, como diagnósticos, mapeamentos, estruturação de metodologias e diversas ações de engajamento de diversas partes interessadas”, anuncia Gonzales.
INOVAÇÃO EM EFERVESCÊNCIA
Embora a Amazônia Legal represente 58,9% do território brasileiro – englobando os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Estado do Maranhão – a maioria dos brasileiros não percebe a região com um ecossistema de inovação robusto. No máximo, percebem algumas iniciativas inovadoras, especialmente em cadeias da sociobiodiversidade como açaí, cacau, café, entre outras.
Porém, as inovações buscadas nessa parceria do Sebrae com o INSTITUTO AMAZÔNIA+21 vão além de iniciativas pontuais e nas formas de produzir, pois miram também no fortalecimento do ecossistema e no potencial para mudar a dinâmica atual de desenvolvimento da região, ao incorporar a conservação dos recursos naturais únicos como um valor econômico.
Nessa linha, segundo Philippe Figueiredo, o ecossistema de inovação da região da Amazônia Legal encontra-se em processo de construção e fortalecimento de algumas instituições importantes, tanto públicas como privadas. “Há um movimento de surgimento de comunidades de startups em diversos estados da região, bem como algumas aceleradoras do Centro-Sul do país se movimentando para abrir estruturas de operação na região, como é o caso da Aceleradora NEO, que é originalmente de Minas Gerais e hoje possuiu operação estabelecida no Pará, pós Programa Inova Amazônia”, revela.
Além disso, ele aponta, uma série de investidores, nacionais e internacionais, principalmente aqueles com teses ligadas ao impacto socioambiental, estão com especial atenção na Amazônia neste momento e criando oportunidades para negócios sustentáveis da região.
Foi por detectarem esse movimento e cenário favorável que o INSTITUTO AMAZÔNIA+21 e o Sebrae juntaram forças para impulsionar o mercado de bionegócios inovadores nos nove estados da Amazônia Legal, como instrumento para fortalecer a bioeconomia na região e o ecossistema de inovação, ao mesmo tempo aliando crescimento econômico à conservação ambiental.
“É uma iniciativa que tem total aderência à missão do Instituto, que é apoiar a criação de negócios sustentáveis e inovadores na Amazônia, bem como fortalecer empreendimentos existentes e aqueles que venham a se estabelecer na região, dialogando com as demandas locais, o potencial econômico da região e a agenda ESG”, reforça o diretor Guilherme Gonzales.
FOMENTO DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E INOVADORES NA AMAZÔNIA LEGAL BRASILEIRA
A implementação do projeto terá duração de 36 meses, aliando diagnósticos, estudos, ações de engajamento, assistência técnica (para empreendedores ecossistemas), atração de investimentos, de-risking sistêmico e acesso à mercados consumidores nacional e internacional. Pretende-se, ao fim da iniciativa, beneficiar 300 empresas inovadores, 10 cadeias de valor da sociobiodiversidade e atrair um volume de capital de impacto de 2 vezes o montante investido pelas instituições.
