O Instituto Amazônia+21 e a Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS) promoveram na primeira semana da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), uma programação especial dedicada a debater o papel do setor produtivo e dos investimentos de impacto na construção de uma economia verde na Amazônia.
Com painéis sobre financiamento sustentável, habitação de baixo carbono, bioeconomia e agricultura regenerativa, o encontro reuniu representantes de instituições como SEBRAE, CAIXA, CBIC e FAPERON, além de presidentes das federações das indústrias dos estados da Amazônia Legal e convidados do setor privado e da sociedade civil.
A abertura contou com a mediação de Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21, da FAIS e da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO). “O futuro da Amazônia depende da nossa capacidade de unir investimento, inovação e compromisso socioambiental. O setor produtivo, quando atua com propósito e visão de longo prazo, transforma potencial em prosperidade sustentável para todos”, afirmou Thomé.
Entre os destaques, o evento marcou o lançamento do Fundo Travessia, desenvolvido em parceria com o SEBRAE e a FIEPA, voltado ao apoio a micro e pequenas empresas e startups de bioeconomia no Pará. A programação também abordou o projeto Morar Amazônico, que utiliza madeira engenheirada de origem responsável em habitações sustentáveis, e o programa Rural+Verde, que integra agricultores familiares e assentamentos rurais na transição para práticas produtivas regenerativas.
O encerramento foi dedicado à exibição do trailer da série documental “Amazônia(s): Um novo jeito de caminhar”, coproduzida pela INTRO Pictures, Istambul Filmes e Instituto Amazônia+21, com patrocínio da IBM e Ultragaz. A produção, que será exibida pela Rede Amazônica (TV Globo), por meio do canal Amazon Sat, apresenta histórias reais de inovação e impacto social na região, mostrando como ciência, negócios e comunidades estão moldando um novo modelo de desenvolvimento para a floresta.
A participação do Instituto Amazônia+21 e da FAIS na COP30 reforça a mensagem de que a Amazônia é um território de oportunidades, onde desenvolvimento econômico, conservação ambiental e inclusão social podem caminhar juntos. As instituições atuam para estruturar e financiar projetos sustentáveis por meio de modelos de blended finance, que combinam recursos públicos, privados e filantrópicos, com o objetivo de destravar o capital e ampliar o impacto positivo na região.
“O papel do Instituto é conectar capital e território, ciência e mercado, comunidades e investidores. A Amazônia é parte essencial das soluções para o clima e deve ser vista como um ativo produtivo, com impacto real sobre a vida das pessoas e o futuro do planeta”, concluiu Thomé.
