Por Marcelo Thomé
Na jornada de preparação para a COP 30 na Amazônia, nos próximos dias vamos participar de dois importantes fóruns internacionais: a Sustainable Business 62 (SB 62), em Bonn na Alemanha, e a London Climate Action Week (LCAW), no Reino Unido.
Precisamos ter voz nesses espaços e afirmar que a Amazônia, além de determinante na pauta ambiental, é a maior oportunidade do mundo para uma nova economia global de baixo carbono. Sim, a Amazônia incorpora uma agenda de economia que nos obriga a agir com urgência, estratégia e colaboração. Gerar riqueza e incluir as populações viventes nas florestas, rios e espaços urbanos diversos no vasto território amazônico, é imprescindível para a conservação deste bioma fundamental para a regulação do clima e o equilíbrio ecológico do planeta.
Isso que vamos defender na SB 62 e na LCAW, inclusive com o exemplo de uma inovação financeira capaz de promover e destravar investimentos na Amazônia, a Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS).
Inovação financeira e conhecimento da realidade amazônica
A FAIS é uma plataforma que combina mitigação de risco, crédito e investimento para atrair capital responsável e alavancar negócios sustentáveis. Ela catalisa recursos para negócios sustentáveis que conciliem conservação ambiental, inclusão socioprodutiva e retorno econômico. Sua arquitetura combina capital filantrópico, garantias, crédito e participação, com segurança jurídica e identificação de oportunidades na região.
Outro diferencial torna a FAIS única: ela é um mecanismo que entende os desafios específicos da Amazônia e oferece soluções alinhadas à sua complexidade, articulando empreendedores da bioeconomia, investidores privados, bancos públicos e multilaterais.
Uma nova ambição para o setor privado
O setor privado deve investir na economia sustentável na Amazônia não por filantropia, mas por visão estratégica. A FAIS busca fortalecer empresas nessa direção, pois se o Brasil ambiciona ser a maior potência ambiental e climática do século 21, é preciso assegurar a Amazônia conservada e integrada às dinâmicas globais de uma nova economia verde. Essa uma ambição legítima que devemos defender na COP 30 na Amazônia e precisa de encaminhamento já na Sustainable Business 62 e na London Climate Action Week.
Marcelo Thomé
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia
Vice-Presidente da Confederação Nacional da Indústria
Presidente do Instituto Amazônia+21