ABDI e Instituto Amazônia+21 debatem estratégias para consolidar a liderança da Amazônia na COP30

Encontro reuniu especialistas e lideranças para discutir inovação, bioeconomia e inclusão social como pilares para a conservação e crescimento econômico da região

O Instituto Amazônia+21 participou nesta semana do debate “ABDI na COP30: Inovação e Indústria Sustentável na Amazônia”, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O fórum contou com a participação de Perpétua Almeida, diretora da ABDI; Neide Freitas, líder do Projeto ABDI na COP; Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21; Julia Cruz, secretária de Economia Verde do MDIC; e mediação do jornalista Daniel Adjuto. 

Os participantes reafirmaram a importância de promover um modelo de desenvolvimento capaz de gerar crescimento econômico, com alternativas que possam preservar o meio ambiente e, entre elas, a necessidade de acelerar iniciativas que visam a descarbonização. 

O presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, destacou que a conservação da região passa pela geração de riqueza e pela inclusão social. “O grande mito que deve ser derrubado na Amazônia é que ela precisa ser apenas preservada, isolada e protegida. A região precisa de respeito, escuta e de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável”, declara Thomé.

Uma das abordagens do encontro foi a criação de negócios sustentáveis e a valorização das comunidades amazônicas, respeitando seus conhecimentos e necessidades. A colaboração entre os setores privado e público são a base fundamental para o avanço de projetos transformadores para a região. Mas os esforços de concentrar investimentos filantrópicos em iniciativas bem estruturadas também são estratégias para dar potência aos projetos locais os integrando à cadeias de valor capazes de gerar um impacto positivo real. 

A ABDI apresentou iniciativas que serão implementadas até a COP30, como o Complexo Industrial do Café e ações voltadas ao fortalecimento da produção de produtos ícones da Amazônia, como o açaí. 

“Conservação é garantir que os bens naturais sejam preservados, mas também gerar riqueza para a população que vive na floresta e nas cidades da região. Grande parte das pessoas da Amazônia vive em centros urbanos que enfrentam enormes desafios estruturais. É fundamental olhar também para a Amazônia das cidades. Só assim conseguiremos incluir pessoas e florestas nessa equação”, afirmou Thomé.

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