Em 2025, o Instituto Amazônia+21 e a Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS) deram passos importantes na consolidação de iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia. Ao longo do ano, projetos estratégicos avançaram da estruturação à implementação, parcerias foram fortalecidas e a atuação do Instituto se expandiu no país.
A seguir, reunimos as principais ações que marcaram essa trajetória e que estabelecem bases sólidas para ampliar impactos a partir de 2026.
COP30: a Amazônia no centro da agenda climática global
A realização da COP30, em Belém, representou um momento decisivo para posicionar a Amazônia no centro do debate climático internacional. A participação do Instituto Amazônia+21 na Blue Zone reforçou seu papel como articulador de soluções que conectam bioeconomia, inovação e finanças sustentáveis.
Durante a conferência, a Facility de Investimentos Sustentáveis consolidou a parceria estratégica com o Sebrae, fortalecendo seu papel como uma plataforma capaz de apoiar negócios amazônicos e ampliar o acesso a investimentos. No mesmo período, a Prefeitura de Belém assinou o decreto que institui, em caráter experimental, o projeto demonstrativo do Morar Amazônico na comunidade da Vila da Barca, conectando oficialmente o município, por meio da Sehab, ao acordo de cooperação firmado entre o Instituto Amazônia+21 e a CAIXA.
Outro destaque da agenda da COP30 foi o lançamento de uma nova edição do Fundo Travessias, em parceria com a FIEPA. A operação captou inicialmente R$300 mil e dará início, a partir de 2026, ao apoio direto a negócios no Pará. A programação também incluiu a exibição do trailer da série documental “Amazônia(s): Um novo jeito de caminhar”, iniciativa do Instituto Amazônia+21, coproduzida pela INTRO Pictures e Istambul Filmes, com patrocínio da IBM e da Ultragaz.
Bioeconomia e negócios: avanços do Fundo Travessias
Ao longo de 2025, o Fundo Travessias avançou em parceria com o Sebrae Nacional com a realização do primeiro Chamamento para Negócios Inovadores. O processo identificou startups e iniciativas que já transformam a floresta em valor econômico real, combinando impacto socioambiental e viabilidade econômica. Após a etapa de avaliação, 16 empresas foram selecionadas na primeira fase, com divulgação final prevista em 2026.
Morar Amazônico: estruturação, governança e primeiros passos
O programa Morar Amazônico teve avanços relevantes em diferentes frentes ao longo do ano. Foram iniciados os preparativos para a publicação do Termo de Referência de arquitetura e urbanismo, instalado o Comitê de Governança e Gestão, garantindo a participação comunitária desde as fases iniciais, e iniciado o estudo da cadeia de valor do programa, conduzido pelo Observatório da Amazônia do Instituto Amazônia+21. Esses movimentos consolidam as bases técnicas, institucionais e sociais para a implementação e futura escala da iniciativa.
FAIS: expansão territorial e novos biomas
A atuação da FAIS se fortaleceu em 2025 com presença em agendas estratégicas e expansão territorial. Em maio, a iniciativa participou do Inova Amazônia Summit, em Macapá, com foco no lançamento do edital do Fundo Travessias e na mobilização de negócios proponentes. Em setembro, a FAIS avançou para um novo bioma com a Operação Caatinga, levando a agenda da bioeconomia ao semiárido brasileiro e abrindo espaço para modelos produtivos adaptados às características do território.
Articulação internacional e diálogo com investidores
A presença internacional foi um dos eixos do ano. Em junho, o Instituto Amazônia+21 participou do SB62 da UNFCCC, em Bonn, um dos principais encontros preparatórios da COP30, apresentando soluções como a FAIS para conectar a Amazônia às agendas globais de clima, inovação e finanças verdes. No mesmo mês, esteve presente na London Climate Action Week, ampliando conexões estratégicas. Em setembro, durante a New York Climate Week, o portfólio do Instituto foi apresentado a investidores globais, fortalecendo diálogos e novas oportunidades de cooperação.
Ainda em novembro, uma missão à China avançou o diálogo sobre cooperações tecnológicas e oportunidades de investimento.
Parcerias nacionais e produção de conhecimento
No Brasil, um acordo firmado com o Incra ampliou a atuação do Instituto em Rondônia, com foco em soluções de desenvolvimento sustentável para assentamentos rurais. A iniciativa leva inovação, metodologia e novos modelos produtivos a territórios que demandam alternativas econômicas mais resilientes.
O Observatório da Amazônia teve papel central na produção de conhecimento ao longo de 2025. O início formal do estudo da cadeia de valor do Morar Amazônico reuniu representantes de setores estratégicos no Observatório da FIEPA, reforçando a importância do protagonismo local e da articulação entre atores públicos e privados para o desenvolvimento regional.
Ao encerrar 2025, o Instituto Amazônia+21 e a FAIS reafirmam seu compromisso com a construção de soluções sustentáveis, integradas e escaláveis para a Amazônia. Os avanços alcançados ao longo do ano estabelecem bases firmes para ampliar impactos em 2026, fortalecendo uma agenda que combina desenvolvimento econômico, inclusão social e conservação ambiental.