O Instituto Amazônia+21 dá mais um passo em sua trajetória de mobilização por uma economia verde: o lançamento da Operação Caatinga, uma nova frente da Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS), mecanismo criado pelo Instituto para estruturar projetos de impacto e atrair recursos de múltiplas origens para o desenvolvimento sustentável. A iniciativa, que agora se expande para o bioma Caatinga, conta com a parceria das Federações das Indústrias da Paraíba (FIEP), do Ceará (FIEC) e de Pernambuco (FIEPE), inaugurando uma fase decisiva na valorização da bioeconomia do semiárido.
O lançamento oficial aconteceu em Campina Grande (PB), Fortaleza (CE) e Recife (PE), entre os dias 18 e 20 de agosto. Três encontros estratégicos realizados em parceria com as federações da indústria locais reuniram empresários, gestores públicos, especialistas e lideranças regionais com o objetivo de debater o modelo de blended finance e apresentar a proposta inicial para o bioma.
A Operação Caatinga da Facility de Investimentos Sustentáveis visa captar investimentos de médio e longo prazo para setores estratégicos, mesclando capital privado, público e filantrópico. Com base na experiência positiva da FAIS Amazônia, a iniciativa mostra que é possível valorizar a bioeconomia, gerar renda e, ao mesmo tempo, conservar o meio ambiente.
“Embora haja uma quantidade significativa de recursos disponíveis para investimentos sustentáveis, ainda não existem projetos estruturados que cumpram integralmente os critérios de crédito. É fundamental criar informação e conhecimento para conectar investidores à realidade local”, destacou Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21.
Com essa etapa inicial, o Instituto Amazônia+21 e a FAIS, junto às Federações da Indústria da Paraíba, do Ceará e de Pernambuco, começam a definir como será financiada a Operação Caatinga. O modelo prevê a criação de fundos catalíticos, instrumentos de mitigação de riscos, assistência técnica e uma governança colaborativa para negócios locais, o que permitirá acelerar o fluxo de capitais e fortalecer a bioeconomia como propulsora da transformação do semiárido brasileiro.