O embaixador da Noruega no Brasil, Odd Magne Ruud, destacou um assessor para iniciar a interlocução com o Instituto Amazônia +21, visando à conexão com empresas norueguesas. Esse é o primeiro resultado da audiência que o presidente do Instituto, Marcelo Thomé, manteve com Ruud, também acompanhada pela Primeira Secretária da embaixada, Tonje Flatmark Sødal, e o Assessor para Iniciativa de Clima e Floresta, Rafael Volochen.

O tema focal do encontro foi o restabelecimento do Fundo Amazônia pelo novo Presidente da República – um apoio internacional para a preservação da floresta amazônica criado pelo próprio Lula em 2008, a fim de possibilitar o recebimento de contribuições de outros países aos esforços do Brasil para conter o desmatamento. Entre 2009 e 2018, a Noruega enviou NOK 8,3 bilhões (Coroas Norueguesas) ao Fundo, que foi congelado pelos credores em agosto de 2019. O total equivale a mais de US$ 8 bilhões.

O Fundo Amazônia é administrado pelo BNDES e desempenha um papel fundamental nos planos de ação do Governo para reduzir o desmatamento e alcançar um desenvolvimento sustentável na Amazônia – o que vem ao encontro da finalidade primordial do Instituto Amazônia +21.

“O Instituto Amazônia+21 tem absoluta aderência com esse Fundo, inclusive por atuarmos na região com uma Facility de Investimentos na estratégia de Blended Finance*”, destaca o presidente da entidade, Marcelo Thomé.

(*) Blended Finance é um conceito que determina o uso estratégico de recursos, sejam eles públicos ou advindos da filantropia, para mobilizar mais capital destinado ao desenvolvimento sustentável ou a causas prioritárias de países em desenvolvimento.

Na avaliação de Thomé, hoje em dia todo mundo precisa colocar dinheiro na conservação da Amazônia. “Tanto os países e empresas que estão preocupados com a redução do desmatamento quanto os poluidores, pela necessidade legal de compensação. Mas, com o Instituto, é a primeira vez que quem é da região está se colocando como ator da questão”, orgulha-se ele, que é carioca radicado há 23 anos em Rondônia.

O embaixador Odd Ruud ressaltou a grande satisfação da Noruega com a reativação do Fundo Amazônia e, ao conhecer o Instituto e sua atuação em linha convergente com a conservação das florestas e o desenvolvimento sustentável da região, se propôs a conectar a entidade com empresas norueguesas, inclusive via a organização de roadshows para apresentar essas empresas ao Instituto.

“Foi uma oferta generosa e muito significativa, pois representa um aval internacional às nossas atividades”, avaliou Marcelo Thomé.